Tratamento

Treatment

2.3 Opções de tratamento da TB-S

Com base na atual política da OMS, vários esquemas podem ser usados em pacientes com diagnóstico presumido ou confirmado de TB-S. O esquema de 6 meses tornou-se o tratamento padrão em todo o mundo, mas houve tentativas de desenvolver esquemas encurtados efetivos para tratar a TB-S. Delinearam-se vários ensaios clínicos com o objetivo de avaliar se um esquema terapêutico encurtado pode manter a alta efetividade sem criar outras preocupações de segurança.

2.2 Atenção e apoio durante o tratamento da TB

Todos os tratamentos administrados devem estar de acordo com as recomendações da OMS, que incluem a atenção e o apoio centrados no paciente, consentimento livre e esclarecido quando necessário, princípios de boas práticas clínicas e monitoramento periódico para avaliar a efetividade do esquema e a segurança do paciente (1). O monitoramento clínico das pessoas em tratamento é importante, e este manual contém informações sobre o monitoramento do tratamento e a utilidade do seguimento pós-tratamento em casos especiais (p. ex., sequelas ou complicações de longo prazo da TB).

2.1 Diagnóstico de TB e teste de sensibilidade aos fármacos

Em todas as populações, recomenda-se fortemente o uso de testes moleculares rápidos e inovadores em lugar dos métodos de baciloscopia e cultura de escarro para o diagnóstico da TB pulmonar e extrapulmonar, pois os testes rápidos permitem obter o resultado no mesmo dia (4). Alguns desses novos testes também indicam a sensibilidade à rifampicina (R), à isoniazida (H) e às fluoroquinolonas (FQ), o que permite confirmar rapidamente o diagnóstico e escolher um tratamento oportuno e efetivo.

1. Introdução

Este manual operacional sobre o tratamento da tuberculose sensível (TB-S) complementa a publicação Directrices unificadas de la OMS sobre la tuberculosis. Módulo 4: Tratamiento. Tratamiento de la tuberculosis farmacosensible [Diretrizes consolidadas da OMS sobre tuberculose. Módulo 4: Tratamento. Tratamento da tuberculose sensível], da Organização Mundial da Saúde (OMS) (1). O manual contém orientações práticas com base em melhores práticas e conhecimentos de áreas como farmacocinética, farmacodinâmica, microbiologia, farmacovigilância e manejo clínico e programático.

Uso de corticosteroides adjuvantes no tratamento da meningite e da pericardite tuberculosa

  1. Em pacientes com meningite tuberculosa, deve-se usar corticoterapia adjuvante inicial com dexametasona ou prednisolona, com redução gradativa da dose ao longo de 6 a 8 semanas.
    (Recomendação forte, evidências de certeza moderada)
  2. Em pacientes com pericardite tuberculosa, pode-se usar uma corticoterapia adjuvante inicial.
    (Recomendação condicional, evidências de certeza muito baixa)