Tratamento

Treatment

Tratamento de TB-S e terapia antirretroviral em pessoas vivendo com HIV/aids

  1. Em pessoas vivendo com HIV/aids, recomenda-se que a duração do tratamento da TB seja, no mínimo, igual à duração do tratamento de pacientes com TB com sorologia negativa para HIV.
    (Recomendação forte, evidências de certeza alta)
  2. Em pessoas vivendo com HIV/aids, a terapia antirretroviral (TARV) deve ser iniciada o mais rápido possível em até 2 semanas após o início do tratamento da TB, independentemente da contagem de linfócitos T CD4+.

Tratamento da TB-S com esquemas de 4 meses

  1. Pacientes de 12 anos ou mais com TB-S pulmonar podem ser tratados com um esquema de 4 meses de isoniazida, rifapentina, moxifloxacino e pirazinamida (2HPMZ/2HPM).
    (Recomendação condicional, evidências de certeza moderada) – recomendação nova
  2. Em crianças e adolescentes de 3 meses a 16 anos com TB não grave (sem suspeita nem evidência de TB resistente à rifampicina ou multirresistente [TB-RR/MR]), deve-se usar um esquema de tratamento de 4 meses (2RHZ[E]/2RH).

Resumo executivo

A tuberculose (TB), cuja incidência anual estimada é de 10 milhões de pessoas (intervalo: 8,9 a 11,0 milhões), é uma causa importante de saúde precária e uma das principais causas de morte em todo o mundo. Antes da pandemia da doença pelo coronavírus 2019 (COVID19), a TB era a principal causa de morte por um único agente infeccioso, acima do HIV, com uma estimativa de 1,2 milhão de mortes por TB em pessoas com sorologia negativa para o HIV (intervalo: 1,1 a 1,3 milhão) e outras 208 mil mortes em pessoas com sorologia positiva para o HIV (intervalo: 177 mil a 242 mil).

Definições

Apoio ao tratamento: Termo empregado neste documento para descrever uma estratégia de apoio aos pacientes em uso das doses prescritas de medicamentos para TB, a fim de assegurar sua adesão ao tratamento e maximizar a eficácia. O apoio ao tratamento deve ser oferecido no contexto da atenção centrada nas pessoas conforme as necessidades, a aceitação e as preferências de cada paciente. Abrange aspectos de apoio, motivação e compreensão dos pacientes sem coerção. No passado, esse grupo de intervenções era denominado “tratamento diretamente observado”.

Siglas

ASC

Área sob a curva

CAVHA

Crianças e adolescentes vivendo com HIV/aids

CTP

Child-Turcotte-Pugh

CVHA

Crianças vivendo com HIV/aids

DAG

Agradecimentos

A produção e a redação desse documento – Manual operacional de tuberculose da OMS. Módulo 4: Tratamento: tratamento da tuberculose sensível – foram coordenadas por Fuad Mirzayev, com o apoio de Medea Gegia e Linh Nguyen, sob a orientação de Matteo Zignol e a direção geral de Tereza Kasaeva, Diretora do Programa Global de Tuberculose da Organização Mundial da Saúde (GTB/OMS). Também foram recebidas contribuições importantes para a finalização do documento de Giovanni Battista Migliori, Centro Colaborador da OMS em Tuberculose e Doenças Pulmonares; Fondazione S.

Agradecimentos

Este manual operacional foi preparado e coordenado por Linh Nguyen e Fuad Mirzayev, com contribuições de Ernesto Jaramillo e Matteo Zignol e sob a direção geral de Tereza Kasaeva, Diretora do Programa Global de Tuberculose da OMS. O Programa Global de Tuberculose da OMS agradece imensamente as contribuições de todos os especialistas envolvidos na elaboração das últimas atualizações das diretrizes da OMS sobre atenção e apoio ao tratamento da tuberculose, nas quais este manual se baseia, bem como as de outros colaboradores relacionados abaixo.