Manuais Operacionais

3.2.2 Diaskintest

O Diaskintest (Generium, Federação da Rússia) é uma proteína recombinante produzida por cultura de Escherichia coli transgênica BL21 (DE3)/pCFP-ESAT, diluída com solução tampão isotônica estéril de fosfato, com um conservante (fenol). Uma dose (0,1 mL) do produto contém 0,2 μg de proteína recombinante CFP-10-ESAT-6 e excipientes: fosfato dissódico di-hidratado, cloreto de sódio, di-hidrogenofosfato de potássio, polissorbato 80, fenol e água para injeção (40).

Fig. 3.2. Embalagem e frasco-ampola do Diaskintest

3.2.1 Cy-Tb

O Cy-Tb (anteriormente conhecido como teste C-Tb, Serum Institute of India) contém uma razão de 1:1 de duas proteínas recombinantes de ESAT-6 e CFP-10, produzidas anteriormente por Lactobacillus lactis transgênico, do Statens Serum Institute (Dinamarca). Uma única dose de teste de 0,1 mL contém 0,05 μg de rdESAT-6 e 0,05 μg de rCFP-10.

Fig. 3.1. Frasco-ampola de Cy-Tb

3.1.1 Interpretação da PT: critérios de positividade para a PT

A sensibilidade da PT, com base em diferentes critérios de tamanho de enduração, foi constatada entre pessoas que haviam sido tratadas e se recuperado de TB com confirmação microbiológica (34). Dessas, 98% tiveram uma reação de 5 mm ou mais à PT e 90% tiveram uma reação de 10 mm ou mais, mas apenas 60% tiveram uma reação de 15 mm ou mais. Por outro lado, as reações à PT devido à BCG ou a micobactérias não tuberculosas geralmente são menores do que as reações devido à infecção verdadeira por M. tuberculosis (11, 12).

3.1 Testes cutâneos de TB infecção com tuberculina (PT)

O material original de tuberculina usado por Mantoux em seus primeiros estudos de reações tuberculínicas era uma mistura altamente heterogênea de substâncias de M. tuberculosis morto (9). Essa tuberculina antiga foi substituída em 1941 por uma preparação padronizada de PPD de M. tuberculosis. Um único lote padrão desse material foi produzido por Florence Seibert e denominado “PPD padrão” (32); todo material de tuberculina produzido desde então se baseou nos mesmos métodos e foi testado conforme esse padrão, medindo a enduração em cobaias sensibilizadas.

2.5 Algoritmo de modelo integrado e centrado na pessoa

Para evitar barreiras ou atrasos criados pelos testes para detecção de TB infecção e minimizar as perdas associadas na cascata de cuidados da TB infecção, é preferível utilizar um modelo de cuidado integrado e centrado na pessoa para o diagnóstico e tratamento da TB infecção. Neste caso, “integrada” significa realizar o rastreamento da TB doença e a testagem para detecção de TB infecção em paralelo, e “cuidado centrado na pessoa” significa a coordenação de diversas atividades de assistência durante as mesmas consultas.

2.4.4 História de reações alérgicas à PT ou TBST (mas o IGRA pode ser usado)

O teste cutâneo não é aconselhável em pessoas com história de reação alérgica à PT ou TBST. Reações alérgicas à PT (PPD ou equivalente), como erupção cutânea generalizada que ocorre nas primeiras 24 horas, são observadas em menos de 1% das pessoas que fazem o teste (26). Se isso tiver sido bem documentado no passado, é aconselhável evitar a repetição do teste com o mesmo material de tuberculina. Atualmente, não está claro se o uso de um material alternativo de tuberculina seria seguro.

2.4.3 Investigação clínica de adultos para diagnosticar a TB doença ou monitorar a resposta ao tratamento

Os testes para detecção de TB infecção não devem ser usados para o diagnóstico de TB pulmonar ou extrapulmonar nem para a investigação diagnóstica de adultos (inclusive PVHA) com TB doença presumida. Os testes tampouco devem ser usados para fins de rastreamento ou para monitorar a resposta ao tratamento da TB doença ou TB infecção.

2.4.2 Vacinas ou doenças virais concomitantes ou recentes

A testagem para detecção de TB infecção pode resultar em falso-negativo em pessoas com determinadas doenças virais (por exemplo, sarampo) ou vacinadas com vírus vivos (por exemplo, sarampo ou caxumba) nos 30 dias anteriores (23). Isso foi descrito para a PT, mas é biologicamente plausível que haja um efeito semelhante em todos os testes para detecção de TB infecção. Portanto, pode ser apropriado adiar o teste por 30 dias após a infecção ou vacinação. Outra opção, em caso de resultado negativo, é repetir o teste após 30 dias.

2.4.1 Testes anteriores positivos para TB infecção

Se houver documentação de resultado anterior positivo para TB infecção ou tratamento de TB, a repetição do teste para detecção da TB infecção não será útil e não deverá ser feita. Dependendo das circunstâncias, a pessoa pode ser encaminhada para uma nova avaliação médica. No entanto, se o resultado positivo anterior for autorrelatado e não estiver documentado, é recomendável repetir o teste, pois estudos documentaram que o autorrelato de resultados anteriores de testes cutâneos é altamente impreciso (22).