Links de passagem do livro para 2.4.4 Potential total yield of true TB cases
A Fig. 3 mostra o potencial rendimento do rastreamento numa série de grupos de risco hipotéticos com diversos riscos relativos de TB (assumindo 100% de cobertura, aceitabilidade, sensibilidade e especificidade do rastreamento). Como ilustrado na Fig. 2.2, o rendimento do rastreamento da TB num grupo de risco específico (em termos do número de casos de TB detectados; eixo y) depende tanto do tamanho do grupo de risco (ou seja, da prevalência do fator de risco na população em geral; eixo x) quanto do risco relativo de TB para esse grupo de risco (eixo z). O rendimento também é afetado pela aceitação do rastreamento pelo grupo de risco (vide 2.2.2) e pela sensibilidade da abordagem (vide Capítulo 3).
Fig. 2.2 Potencial rendimento do rastreamento em função da prevalência do fator de risco na população e do risco relativo de TB no grupo de risco (incidência basal: mil casos por 1 milhão de habitantes)
- Muitas vezes, os grupos com maior risco de TB são também os de menor tamanho, e grupos com risco apenas moderadamente elevado podem ser muito grandes. Por exemplo, a prevalência populacional do HIV, que está associada a um aumento de até 20 vezes no risco, geralmente é inferior a 1% (exceto em alguns países da África Subsaariana), e o número total de contatos próximos de uma pessoa com TB (que também apresentam um risco dramaticamente elevado de TB) normalmente representa uma fração minúscula da população total. No entanto, fatores de risco como diabetes ou subnutrição ou morar numa favela superlotada, que normalmente apresentam riscos relativos moderados de TB (na faixa de 2 a 3), podem afetar mais de 10% da população total.
- Assim, o rastreamento dos grupos de maior risco frequentemente gera um baixo rendimento total em termos do número absoluto de casos de TB detectados. Um elevado rendimento geral do rastreamento só pode ser alcançando por meio de uma cobertura muito elevada de rastreamento em grandes grupos que tenham um aumento moderado no risco de TB; no entanto, o rastreamento desses grupos geralmente exige um NNR mais elevado e pode resultar num custo mais elevado por caso detectado do que o rastreamento de grupos de muito alto risco. O risco de um diagnóstico falso-positivo também é maior nesses grupos. Portanto, muitas vezes é difícil encontrar um equilíbrio entre a vontade de atingir um grande rendimento total e a relação custo-efetividade. A Tabela 2.4 mostra o NNR para a TB doença com diferentes abordagens de rastreamento de acordo com o contexto de carga, conforme estimado a partir dos estudos incluídos na revisão da literatura para as diretrizes mais recentes de rastreamento da TB. Estimativas semelhantes para outros grupos de risco são fornecidas no Anexo C on-line das diretrizes de rastreamento.
Tabela 2.4 Número necessário para rastrear (NNR) para TB doença em populações gerais e no rastreamento de base comunitária