Links de passagem do livro para A1.2 – Reading of TST or TBST result
Etapa 1. Consulta do paciente
Os pacientes devem ser atendidos o mais rápido possível após chegarem para a leitura da PT ou TBST. Em média, a leitura do teste leva menos de 3 minutos (7). Se uma pessoa tiver de esperar muito tempo apenas para a leitura do resultado, isso pode desestimular outros contatos intradomiciliares a se apresentarem para fazer o teste ou a leitura, e pode desestimular essa pessoa a fazer um novo teste, se necessário.
Etapa 2. Nova verificação dos sintomas
Se a pessoa apresentava sintomas respiratórios não relacionados à TB no momento em que o teste foi realizado, esses sintomas devem ser verificados novamente no momento da leitura. Se os sintomas forem menos graves ou tiverem se resolvido, a pessoa poderá ser considerada “sem sintomas” no algoritmo. Entretanto, se os sintomas não tiverem melhorado – e principalmente se os sintomas tiverem piorado ou forem sugestivos de TB (por exemplo, febre ou sudorese noturna) –, deve-se considerar que a pessoa tem sintomas para investigação. Nesses casos, o resultado da PT ou do TBST deve ser lido e registrado, mas a pessoa deve ser encaminhada imediatamente para uma avaliação médica, incluindo radiografia de tórax (se ainda não tiver sido feita) e outros testes, conforme o caso, independentemente do resultado do teste para detecção de TB infecção.
Etapa 3. Local e posicionamento do paciente para leitura
A leitura deve ser feita em uma sala privativa (sempre que possível), fora da vista de outras pessoas (embora membros da família possam estar presentes, conforme o caso). Para otimizar a medição, o paciente deve estar sentado com o braço apoiado.
Etapa 4. Inspeção do local da injeção
O local da injeção para a PT ou TBST deve ser cuidadosamente inspecionado. Se houver bolhas, ruptura da pele ou linfadenite, isso deve ser registrado, pois essas são consideradas reações positivas fortes em todos os testes cutâneos de TB infecção.
Eritema ou vermelhidão é um indicador de possível enduração (se houver eritema, pode haver enduração). Entretanto, o eritema não precisa ser medido para fins da PT (3) ou do Cy-Tb (6) e só precisa ser medido para o Diaskintest se não houver enduração (5). No caso da C-TST, o eritema deve ser demarcado e medido (4).
Enduração ou inchaço firme podem ser detectados visualmente ou por palpação.
Se não houver vermelhidão nem enduração visível ou palpável, o teste é negativo e o resultado é marcado como “0 mm”. Da mesma forma, se houver eritema, mas não houver inchaço evidente e, à palpação leve, não houver evidência de enduração, a enduração pode ser considerada negativa e “0 mm” pode ser registrado. Se for possível palpar algum inchaço ou enduração, isso deve ser demarcado (consulte a Etapa 5) e medido.
Se houver um programa de CQ de saúde móvel, devem ser feitas fotografias do local da injeção.
Etapa 5. Demarcação da enduração
Para a PT, o Cy-Tb e o Diaskintest, a enduração é medida (3, 5, 6). Para o C-TST, tanto a enduração quanto o eritema são medidos, e o maior dos dois é usado para o manejo clínico (4).
Para demarcar as bordas da enduração, pode-se usar o método da caneta esferográfica (8). Nesse método, a ponta de uma caneta esferográfica é empurrada suavemente contra a pele em um ângulo de 45 graus em direção ao local da injeção. Se houver uma enduração firme e distinta, a ponta da caneta esferográfica sempre para nas margens. Esse procedimento é repetido várias vezes a partir de diferentes direções ao redor do local da injeção. Se não houver enduração visível ou palpável, não é necessário usar uma caneta esferográfica; o resultado pode ser marcado como “0 mm”.
Reações grandes podem ser dolorosas, e não é necessário insistir em demarcar e medir grandes endurações dolorosas. Elas podem ser simplesmente marcadas como “maior que 15 mm” ou “maior que 20 mm” e qualquer bolha ou necrose da pele pode ser indicada.
Etapa 6. Medição
Após a demarcação das bordas da enduração (ou, no caso da C-TST, do eritema), o diâmetro da enduração deve ser medido. Para o Cy-Tb e a PT, o diâmetro transversal é medido e registrado em milímetros (3, 6). No caso do C-TST, os diâmetros transversal e longitudinal do eritema e da enduração são medidos, e a média de cada um é registrada (4). O maior desses dois valores será considerado a informação com relevância clínica. No caso do Diaskintest, registra-se o maior diâmetro da enduração em qualquer dimensão (5).
A medição do tamanho da reação geralmente está sujeita a erros de arredondamento, pois os leitores tendem a agrupar as leituras em 5, 10 e 15 mm. Para evitar esse erro, é uma boa prática usar paquímetros.
Etapa 7. Cuidados pós-PT
Se o paciente apresentar bolhas ou ruptura da pele, é importante prevenir infecções secundárias. A área deve ser cuidadosamente limpa e coberta com um curativo seco. Os pacientes devem ser instruídos a não coçar a área.
Não devem ser usados esteroides tópicos, pois se mostraram inefetivos em estudos controlados por placebo (9). A injeção subcutânea de esteroides sob a enduração pode ser mais efetiva, mas o tratamento conservador com compressas frias e curativos secos cobrindo o local costuma ser suficiente, juntamente com a prescrição de analgésicos orais (ácido acetilsalicílico ou paracetamol).
Etapa 8. Gerenciamento dos resultados
Se o resultado do teste for negativo (conforme o Capítulo 3 do texto principal) e o paciente for assintomático (ou se os sintomas estiverem se resolvendo), poderá receber alta. Em algumas situações, os contatos próximos farão um segundo teste para detecção de TB infecção 8 semanas após o término da exposição se o teste inicial tiver sido negativo, principalmente no caso de pessoas com exposição muito recente ou infecção viral concomitante. Nesse caso, deve ser marcada uma consulta para a realização do segundo teste.
Se o resultado do teste for positivo, a pessoa deve ser encaminhada imediatamente para avaliação médica e radiografia de tórax. Em uma cascata bem organizada de cuidados centrados na pessoa, a avaliação médica (incluindo a radiografia de tórax) está disponível no mesmo local e no mesmo dia. Isso minimiza os atrasos entre a primeira identificação de um contato e o início do tratamento apropriado para TB doença ou TB infecção.
Etapa 9. Registro
A leitura da PT ou TBST deve ser registrada no prontuário clínico ou nos registros do paciente (ou em ambos); informações adicionais podem ser inseridas, dependendo do local e da organização do programa.
Os seguintes dados devem ser registrados:
- data e hora da leitura;
- produto usado e número do lote;
- tamanho da enduração em milímetros (diâmetro transversal, máximo ou médio, dependendo do teste [PT ou TBST]);
- no caso do C-TST, o diâmetro médio do eritema também deve ser registrado, e, para o Diaskintest, o eritema (mas somente se não houver enduração); no caso da PT e do Cy-Tb, o eritema não precisa ser registrado;
- presença de bolhas, necrose cutânea, linfangite ou linfadenopatia; e
- para pessoas com teste positivo – destino: data e hora do seguimento para avaliação médica e radiografia de tórax; para pessoas com teste negativo, data e hora da consulta de seguimento, se apropriado.
Alguns artigos fornecem informações gerais úteis sobre os testes cutâneos para detecção de TB infecção (10, 11).