1. Introdução

A tuberculose (TB), incluindo suas formas drogarresistentes, pode afetar pessoas de todos os estratos sociais. Porém, seus efeitos costumam ser mais devastadores entre as pessoas mais pobres e marginalizadas da sociedade. A qualidade de vida, o status social e a situação financeira da pessoa podem piorar tanto por causa da doença quanto de seu tratamento, ou seja, devido a reações adversas produzidas pelos medicamentos, aos altos custos que a pessoa pode ter de pagar durante os cuidados e tratamento, à necessidade de faltar ao trabalho devido à doença e ao estigma e discriminação associados à doença. Pessoas mais pobres ou com menos apoio social podem sofrer mais esses efeitos, por terem menos recursos para ajudá-las durante o período de doença. A prestação de cuidado centrado na totalidade da pessoa e o apoio social são essenciais para o manejo da TB e devem proteger os direitos humanos e cumprir normas éticas, reduzindo os custos sociais e econômicos para o paciente e sua família e usando os métodos mais efetivos para prevenir e tratar a doença. O cuidado centrado na totalidade da pessoa e o apoio social também contribuem para melhorar os desfechos do tratamento e a qualidade de vida das pessoas com TB. Em muitos casos, também fazem diferença ao facilitar o acesso de paciente e familiares à atenção à saúde.

Este módulo discute a abordagem de cuidado centrado na totalidade da pessoa para a administração do tratamento e a estrutura de apoio social para gestão programática da TB – ambas com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, facilitando sua adesão ao tratamento e reduzindo os custos sociais e econômicos. O escopo do apoio social recomendado neste manual operacional inclui vários elementos de assistência social recomendados nas orientações a serem publicadas sobre proteção social para pessoas afetadas pela TB. Este módulo, entretanto, enfatiza as intervenções recomendadas para melhorar os desfechos do tratamento da TB.

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