Links de passagem do livro para 3.2.1 Basic features of TB screening and diagnostic algorithms
Um algoritmo de rastreamento sistemático da TB deve combinar um ou vários testes de rastreamento e uma avaliação diagnóstica separada para TB doença, conforme recomendado pela OMS (12). Um teste diagnóstico negativo pode ser seguido por uma avaliação clínica adicional se a suspeita clínica de TB ainda for elevada. Isso pode incluir um novo teste com o mesmo método de diagnóstico ou outro método e/ou seguimento rigoroso dos sintomas clínicos, com ou sem exames de imagem do tórax. Um teste diagnóstico positivo pode precisar ser reconfirmado com testes adicionais e uma avaliação clínica caso o valor preditivo positivo do resultado do teste seja baixo.
Diferentes configurações de testes de rastreamento têm implicações diferentes para a sensibilidade, a especificidade e os custos do algoritmo. Algoritmos de rastreamento único compreendem apenas um teste; pessoas com resultado positivo necessitam de avaliação diagnóstica de TB. Exemplos de algoritmos de rastreamento único são perguntar a todos os pacientes atendidos em uma clínica se apresentam tosse ou uma campanha de rastreamento com unidade móvel na qual todas as pessoas de uma comunidade são rastreadas por radiografia de tórax.
Algoritmos de rastreamento paralelo compreendem uma etapa inicial com dois testes de rastreamento (por exemplo, investigação de sintomas e radiografia de tórax simultaneamente). Um resultado positivo ou alterado em um dos testes de rastreamento (ou em ambos) é considerado indicação de encaminhamento para avaliação diagnóstica. Os algoritmos de rastreamento paralelo são mais sensíveis, pois captam uma população mais ampla de pessoas a serem avaliadas quanto à TB com um teste de diagnóstico. Essa abordagem é ideal se as metas do rastreamento forem maximizar a detecção de casos ou medir a prevalência da TB na população a ser rastreada. (A abordagem de rastreamento paralelo é a usada em pesquisas de prevalência, nas quais a investigação de sintomas é combinada com a radiografia de tórax) (15). Porém, os algoritmos de rastreamento paralelo geralmente são menos específicos e, portanto, têm custos mais elevados devido ao maior número de pessoas encaminhadas para avaliação diagnóstica e ao risco mais elevado de resultados falso-positivos.
Os algoritmos de rastreamento seriado compreendem dois testes de rastreamento realizados sucessivamente, com encaminhamento para um segundo teste de rastreamento conforme o resultado do primeiro teste. No algoritmo de rastreamento seriado positivo sequencial, um resultado positivo ou alterado no primeiro teste requer encaminhamento para um segundo teste de rastreamento, seguido de avaliação diagnóstica somente das pessoas com resultado positivo nos dois testes de rastreamento. Um exemplo dessa abordagem é o rastreamento baseado em qualquer sintoma de TB, seguido de radiografia de tórax para pessoas sintomáticas. Essa abordagem de rastreamento aumenta a probabilidade de TB pré-teste na população rastreada antes do encaminhamento para avaliação diagnóstica, aumentando assim a eficiência do programa de rastreamento e reduzindo o risco de diagnósticos falso-positivos. Porém, essa abordagem é menos sensível.
No algoritmo de rastreamento seriado negativo sequencial, um resultado positivo ou alterado no primeiro teste de rastreamento resulta em encaminhamento para avaliação diagnóstica, ao passo que um resultado negativo ou normal no primeiro teste de rastreamento resulta em encaminhamento para um segundo teste de rastreamento e, em seguida, encaminhamento para avaliação diagnóstica das pessoas com um resultado positivo ou alterado no segundo teste de rastreamento. Um algoritmo de rastreamento seriado negativo sequencial tem a mesma sensibilidade e especificidade que um algoritmo de rastreamento paralelo que utilize os mesmos testes (o mesmo número de pessoas será encaminhado para avaliação diagnóstica), mas reduz o custo, porque o segundo teste de rastreamento é realizado somente nas pessoas cujo primeiro teste tem resultado negativo. Por exemplo, um algoritmo que começa pela investigação de sintomas, seguida de radiografia de tórax somente para pessoas que não apresentem sintomas, resultará na realização de menos radiografias de tórax, mas com o mesmo número de casos detectados, do que um algoritmo que usa radiografia de tórax mais investigação de sintomas para todas as pessoas. Porém, isso pode provocar atrasos, já que os testes não são realizados simultaneamente. A especificidade de uma abordagem de rastreamento sequencial negativo será inferior à de um algoritmo de rastreamento sequencial positivo, devido ao maior número de pessoas encaminhadas para avaliação diagnóstica e ao maior risco de resultados falso-positivos no rastreamento.