10.2 Considerações sobre a implementação

É importante e viável para os PNCT confirmar a cura ao fim do tratamento. O conceito de cura sem recidiva ou de sucesso sustentado do tratamento após sua conclusão é fundamental; no entanto, isso vai além dos meios de monitoramento programático habituais e só é viável em condições de pesquisa operacional (p. ex., em coortes especiais, em pacientes em reabilitação e durante o seguimento de doença pulmonar posterior à TB). Por essa razão, propôs-se a definição operacional específica de “sucesso sustentado do tratamento” (Tabela 10.1), com a possibilidade de avaliar o número de pacientes vivos e sem TB aos 6 meses (TB-S e TB-DR) e aos 12 meses (somente TB-DR) após o sucesso do tratamento da TB.

Tabela 10.1. Novas definições de desfechos de tratamento da TB-S e da TB-DR
Tabela10-1

TB: tuberculose; TB-DR: TB drogarresistente; TB-S, TB sensível.
a Os motivos para modificar são:

  • ausência de resposta clínica ou bacteriológica ou ambas (vide nota “b”);
  • reações adversas ao medicamento; ou
  • evidências de resistência adicional a medicamentos do esquema terapêutico.

b “Resposta bacteriológica” refere-se à conversão bacteriológica sem reversão:

  • o termo “reversão bacteriológica” descreve a situação em que os resultados de pelo menos duas culturas (no caso da TB-DR e TB-S) ou baciloscopias (apenas na TB-S) consecutivas de amostras colhidas em diferentes ocasiões com intervalo mínimo de 7 dias são positivos, seja por conversão bacteriológica ou em pacientes sem confirmação bacteriológica de TB.
  • c Morte por todas as causas.

d Inclui casos “transferidos” para outra unidade de tratamento e cujo desfecho do tratamento é desconhecido; porém, exclui casos de perda de seguimento.

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