Links de passagem do livro para 2.2 Risk of disease in those with positive tests for TB infection
Diversos estudos já identificaram fatores de risco para TB doença em pessoas com resultado positivo ou negativo no teste para detecção de TB infecção; esses fatores de risco podem ser epidemiológicos (por exemplo, contatos), demográficos (por exemplo, idade) ou clínicos (por exemplo, infecção pelo HIV). Recentemente foi realizada uma síntese desses estudos, com a apresentação de estimativas agrupadas de riscos absolutos e relativos, em uma metanálise de dados agregados (6) e em duas grandes metanálises de dados individuais de pacientes (4, 5). O risco de TB doença varia enormemente entre pessoas com diferentes fatores de risco epidemiológico ou clínico. Em estudos de coorte de grande porte com pessoas não tratadas que têm resultado positivo para TB infecção, mas nenhum outro fator de risco identificável, a incidência anual de TB variou de 0,3 a 1,0 por 100 mil (6, 16, 17). Por outro lado, o risco cumulativo de TB doença em pessoas de 2 a 5 anos de idade variou de 50 a 250 por 100 mil em contatos próximos, principalmente entre crianças pequenas ou pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) (ou seja, era mais de 100 vezes maior).
Outras revisões fizeram uma síntese dos riscos relativos à incidência em amostras da população em geral (ou seja, populações com resultado positivo para TB infecção, mas sem nenhum outro fator de risco). A magnitude da diferença no risco varia; por exemplo, o risco é 25 vezes maior em PVHA sem tratamento, pacientes em diálise, receptores de transplantes de órgãos sólidos ou pessoas em uso de inibidores do fator de necrose tumoral (TNF)-alfa, e duas a cinco vezes maior em pessoas com diabetes mellitus ou distúrbios relacionados ao uso de álcool ou com baixo peso, vivendo em condições insalubres e com baixo nível socioeconômico (18). Isso ressalta as recomendações para cogitar o TPT somente para pessoas com alto risco, conforme listado no Quadro 2.1.