6.2 Composição e duração do esquema

Em todas as PVHA que têm TB-S, a duração do tratamento da TB pode ser a mesma que nos pacientes com TB com sorologia negativa para HIV. Há muita experiência no tratamento desses pacientes com o esquema de 6 meses que contém rifampicina, 2RHZE/4RH (1, 36). Similarmente, o esquema de 4 meses com rifapentina e moxifloxacino produziu bons resultados em pacientes que também têm sorologia positiva para HIV (1). As evidências sobre o uso desse esquema de 4 meses em PVHA se limitaram a pessoas com contagem de linfócitos T CD4+ superior a 100 células/mm3; atualmente, portanto, uma contagem de linfócitos T CD4+ inferior a 100 células/mm³ é usada para excluir PVHA do esquema encurtado. Os dois esquemas podem ser administrados a PVHA com contagem de linfócitos T CD4+ acima desse limite.

Crianças e adolescentes vivendo com HIV/aids cumpriam os requisitos para inclusão no estudo SHINE. Tendo em vista as limitadas evidências disponíveis oriundas desse ensaio clínico, os médicos podem cogitar o tratamento de CAVHA com uma forma não grave de TB com 2RHZE/2RH durante 4 meses, dependendo do grau de imunodepressão, da situação relativa à TARV e da presença de outras infecções oportunistas. É necessário fazer um monitoramento rigoroso dessas crianças e adolescentes, sobretudo ao fim de 4 meses de tratamento.

Conforme já exposto, todas as PVHA (principalmente as que têm TB) devem receber TARV. PVHA que respondem à TARV não devem esperar um desfecho menos favorável do tratamento do que o de pessoas com sorologia negativa para o HIV. Portanto, PVHA que tenham TB-S podem se beneficiar dos esquemas terapêuticos recomendados atualmente. Para obter mais informações, consulte as publicações The use of antiretroviral drugs for treating and preventing HIV infection (23) e Política de la OMS sobre actividades de colaboración TB/VIH: Guías para programas nacionales y otros interesados directos (37) da OMS.

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